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Campanhas que interferem no cotidiano das pessoas


Tenho dito que a publicidade que efetivamente causa impacto nas pessoas e consegue gerar repercussão realmente espontânea (não a repercussão forçada a partir de compra de mídia online) é aquela que consegue criar uma ponte de conexão com a vida das pessoas.

Afinal, somos uma sociedade já muito malhada pela propaganda. Ganhamos expertise suficiente para ignorar mensagens de propaganda. Para transpor essa barreira inconsciente, é preciso elaborar uma nova forma e roupagem para a mensagem publicitária. Ela precisa ganhar relevância como se fala por aí. Por isso campanhas que envolvem o conceito de branded content fazem bastante sucesso.

Para ir além, acredito que as campanhas precisam causar alguma interferência no cotidiano da sociedade. Seja uma interferência direta naquele que consome a mensagem, ou uma interferência que ele veja como benéfica para a sociedade. "Vivenciar experiências" é outro termo que já foi utilizado para designar algo bem próximo do que proponho aqui.

Num post de 2012 eu já falava disso de maneira hipotética. Desta vez cito aqui uma ação publicitária bem simples, mas que ilustra perfeitamente a ideia de ações que causam algum interferência na vida das pessoas.

Já não é tão comum ver no Facebook as pessoas comentando alguma campanha publicitária. Recentemente muitos usuários compartilharam de maneira completamente espontânea, um aplicativo que era parte de uma campanha do produto de limpeza Ajax. Foi desenvolvido pela marca para uma campanha na Australia, mas ganhou repercussão internacional.

Para reforçar o benefício da "limpeza", a marca criou um aplicativo que leva o mesmo nome do produto e promete ajudar o usuário a eliminar da sua timeline no Facebook e Twitter as mensagens de propaganda publicadas por outras marcas que no passado ele aceitou receber. A interface do aplicativo mostra a relação de todas as marcas que o usuário "curtiu" ou começou a "seguir" e ali é possível eliminar as marcas que ele não deseja mais acompanhar.

Ou seja, uma mensagem publicitária que busca oferecer um benefício real para o cotidiano do usuário. Abaixo o vídeo de divulgação do aplicativo.




A Samsung fez algo parecido e criou para os consumidores de celular (um de seus produtos) um aplicativo que tenta evitar acidentes de trânsito silenciando as notificações de mensagens enquanto o usuário está dirigindo:




Outra forma de ver essa ponte com a realidade é através do envolvimento de consumidores reais na construção da mensagem publicitária. Neste caso, o receptor da mensagem pode não realizar uma conexão direta, mas ele consegue ver nitidamente o impacto que aquela mensagem causou numa pessoa comum, como ele. É o caso da campanha muito comentada e compartilhada realizada pela Dove, "Retratos da real beleza".



Nos dois primeiros casos, a mensagem vem em forma de uma oferta de serviço (um aplicativo gratuito). Já na campanha da Dove o impacto vem através do caráter de documentário e/ou reality show do filme publicitário. Apesar de serem maneiras distintas, em ambos, nota-se o cotidiano de pessoas reais sendo modificados por estímulo do anunciante. 


American Apparel coloca modelos nuas no Vine


O Vine é aquela plataforma do Twitter de publicação de pequenos vídeos. Ainda não conseguiu ganhar popularidade, mas o Twitter tem se esforçado na sua promoção. Muitas marcas - principalmente americanas - já estão presentes nessa rede e procurando uma forma de conquistar o interesse do público do Vine.

American Apparel caso não conheça, é uma grande marca de moda americana que possui um histórico de publicidade bastante polêmico, sempre próximo de temas sexuais ou imagens de nudez - quase - explícita, o que garante mídia espontânea.


Dado o histórico, é fácil imaginar qual estratégia uma marca como a American Apparel poderia adotar para buscar audiência dentro do Vine.

Seu canal é utilizado para publicar pequenos videos de modelos apresentando algumas peças da marca. Até então, as modelos chegavam a fazer poses sensuais mas não havia a nudez propriamente dita.




Porém, desde a semana passada, uma nova estratégia - criada provavelmente para gerar polêmica e mídia espontânea - abriu espaço para videos mais - picantes - em que a nudez explícita é parte da narrativa, assim como as peças de roupa.



No aplicativo para celulares, os vídeos que possuem nudez aparecem com uma tela de aviso que antecede as imagens, mas quando você acessa o vídeo pela web, a partir de um link, esse aviso não aparece.
Nos comentários dos videos é possível notar que a estratégia já causou a revolta de alguns dos usuários que incitam o boicote à marca. Conhecendo o perfil da American Apparel, dificilmente eles ficarão incomodados com essas críticas. 













Is this real life?

É preciso criar uma ponte entre a publicidade nas redes e a vida das pessoas.



Fui viajar recentemente. Na estrada que leva ao Monte Fuji, em certa altura há uma sequência de suaves ranhuras no asfalto. Cada bloco de ranhuras tem seu próprio ângulo e quantidade de filetes. Isso faz com que o som obtido e sua duração, conforme o atrito com o pneu do carro, seja diferente a cada bloco de ranhuras. O resultado disso é a “melody road”. Você ouve música durante o contato do pneu com o asfalto.

Já faz algum tempo que as “melody roads” foram implantadas nas estradas do Japão. Trata-se de um projeto para evitar acidentes causados pelo excesso de velocidade, pois para ouvir a música no compasso correto, é preciso estar na velocidade adequada. Cada “melody road” produz uma música diferente. Aquela que ouvi era obviamente, uma canção que falava do grande Fuji-san.

Eu não tenho dúvidas que faria muito sucesso, com direito a leão em Cannes e muito resultado para o cliente, caso aqui no Brasil, alguma marca de seguros, uma montadora ou mesmo um banco, realizasse uma ação de comunicação envolvendo a implantação dessas “melody roads” nas estradas brasileiras. Uma campanha de prevenção de acidentes no trânsito patrocinada por essa marca. Para promover a ação, um hotsite na internet poderia gerenciar um concurso para escolher as músicas que seriam aplicadas nas “melody roads”. Anúncios na TV e na mídia impressa divulgariam esse concurso e claro, quanto mais exposição na mídia, maior é a repercussão. Que tal lhe parece essa ideia?

A hipótese que quero lançar aqui é a de que atualmente, um simples anúncio na revista ou na TV é tão virtual e distante quanto um site na internet. Obviamente, toda exposição é importante para fixar a marca na mente do consumidor, mas hoje um anúncio tradicional possui baixo nível de impacto e envolvimento. Muitas vezes perde-se no meio dos demais. É como olhar para os painéis publicitários das ruas de shibuya em Tóquio. Vê-se uma macha enorme de informação. Quase impossível distinguir cada um dos painéis.

Hoje precisamos ir além, é preciso criar uma ponte entre esse espaço virtual e a vida real do consumidor. Como na suposta campanha de comunicação com as “melody roads”. Não basta uma campanha nas redes sociais. É preciso fazer com que essa ação gere alguma experiência real. A mensagem verbal e visual já não são suficientes. Dá-lhe semiótica.

Aliás, o Japão é um ótimo lugar para se fazer uma análise semiótica do uso das matrizes da linguagem (sonora, visual e verbal). Em shibuya (e em outros bairros de Tóquio) a matriz visual já foi excessivamente utilizada pela publicidade. Para se destacar, a publicidade japonesa recorre aos painéis audiovisuais, para aproveitar também a matriz sonora. Porém isso ainda não é o bastante.

Em outros cantos de Tóquio, como em Ginza e Harakuju, algumas lojas optam por um recurso de PDV que consegue causar mais impacto: moças com microfones potentes. Elas ficam em frente à loja anunciando as ofertas, quase aos berros. Não muito diferente do que acontece nos centros comerciais das cidades brasileiras ou como sempre se fez em feiras livres pelo mundo todo. Acredite, o resultado é bem diferente de um painel publicitário audiovisual. A moça gritando loucamente no microfone é mais impactante.

Com isso deixo meu último recado: vivenciar uma experiência ou ao menos ver o outro vivenciando essa experiência é mais marcante do que uma propaganda tradicional. Porém, não devemos fabricar falsas experiências. Na CNN vi a reportagem sobre um vídeo no youtube em que o jogador Steve Nash, dentro de um taxi em movimento, pega uma lata de cerveja das mãos de alguns garotos que estavam em outro carro. Tudo foi gravado. Tanto do celular de Nash como de um dos garotos.

Na CNN a matéria discutia se era ou não uma estratégia de marketing planejada para promover a cerveja Keystone. Desculpe-me, não acho que essa seja a questão central. O fato é que uma experiência real foi compartilhada e essa experiência envolvia uma lata de Keystone Light.

Como publicitário, você não precisa criar falsas experiências ou iludir o consumidor com um vídeo que “vazou”, mas que na verdade foi “plantado”. O que você precisa é dar a ele uma “melody road” e deixar que ele próprio publique no youtube sua experiência real. Publicidade honesta. Comunicação integrada. Repercussão espontânea.





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Publicado originalmente na coluna da edição impressa do jornal Meio e Mensagem, ano XXXIII, núm.: 1523, pág. 10. São Paulo: Editora Meio e Mensagem, 20/08/2012.  


Moradores de rua são usados como roteadores de wifi


Ainda não consegui formular minha opinião sobre essa ação de comunicação realizada durante o evento #SXSW (South by Southwest) em Austin (Texas): 13 moradores de rua receberam US$20/dia para carregarem consigo roteadores de wifi 4G.

A campanha ganhou o nome de “Homeless Hotspots” e possui hotsite próprio (http://homelesshotspots.org), onde é possível realizar doações para esses moradores de rua.

Trata-se de uma iniciativa da agência BBH de Nova York, com o intuito de realizar uma campanha social "inovadora".

Parece que gerou certa polêmica durante o evento. Alguns consideraram um abuso e uma forma inadequada de auxílio social. Outros gostaram da proposta.

Como disse, eu ainda não consegui formular minha opinião pessoal.


Veja mais sobre:
- Agência usa sem-teto como ponto de acesso à internet e causa polêmica
- Use of Homeless as Internet Hot Spots Backfires on Marketer


Crédito da imagem: Ben Sklar for The New York Times

É mês de Carnaval e Super Bowl

A publicidade que faz proveito da cultura popular e se desenrola por várias mídias.


Fevereiro é mês de carnaval. Mês em que a publicidade gira ao redor do samba... e da cerveja. Essa talvez seja a categoria que melhor consegue aproveitar esse período. Olha só o que a Devassa fez nos anos passados. E neste ano? Quem é a nova Devassa? Para não ficar atrás, a Brahma trouxe J. Lo para sambar. Pois é.

Fevereiro também é mês de Super Bowl. Publicitários e milhares de fãs de futebol americano não perdem essa final tão esperada. Até porque é nessa noite que surgem os prováveis finalistas do Festival de Cannes Lions 2012.

Para a publicidade mundial, o Super Bowl é uma prova concreta de que mídia de massa tem - ainda - um poder de alcance impressionante. Apesar do que dizem os fundamentalistas do digital e das redes sociais, a mídia de massa eletrônica dá sim, muito resultado.

Porém a verdade é que 2012 já nasceu provando que essa richa é velha e antiquada. Não se pensa mais nas diversas mídias de forma independente. Agora os criativos já desenvolvem um único discurso publicitário que se desenrola em várias mídias, de forma síncrona ou contínua.

Foi o próprio Super Bowl que provou essa minha teoria. Veja a campanha da Volkswagen. Assim como outros anunciantes da noite mais cara da publicidade, o filme publicitário trazia um discurso que promove a surpresa pelo inesperado. Essa é uma das técnicas utilizadas para estimular o telespectador a propagar espontâneamente o vídeo nas redes sociais. As agências não consideram mais somente a audiência da televisão, mas também a propagação espontânea pela internet. O tal “potencial propagador” sempre foi item fundamental dos filmes publicitários. Agora mais do que nunca.

Continuando ainda na campanha da Volkswagen, é importante lembrar que não se trata de um filme isolado. Antes de qualquer coisa, o filme é uma continuidade do mesmo tema utilizado no Super Bowl do ano passado. Se em 2011 o “potencial propagador” era o Darth Vader mirin, desta vez foram os cachorrinhos fantasiados de personagens do filme Star Wars.

Não é só isso. Durante todo o ano que se passou entre um Super Bowl e outro, a Volkswagen manteve no ambiente digital a campanha “Star Wars” ativa. Ah, e tanto em 2011 quanto agora em 2012, um vídeo teaser foi lançado no Youtube semanas antes da estréia do filme publicitário na TV. Ou seja, o digital é hoje o potencializador da televisão. E vice-versa.

Doritos sabe muito bem disso, por isso repetiu esse ano a fórmula de convidar os consumidores para criarem o filme que foi veiculado durante o intervalo do jogo. Sucesso garantido.

No Brasil, o Carnaval é um período propício para campanhas semelhantes, mas aqui vivemos um momento especial: a consagração dos memes.

Entre os usuários das redes, o que sustenta um meme é o simples ato de participar do processo de distribuição de um meme. O “potencial propagador” está em seu humor natural, fácil de assimilar e reproduzir.

No começo do ano ficou famosos o meme “Menos Luiza, que está no Canadá”. Meme curioso, que surgiu a partir de uma crítica contra a propaganda de um imóvel e no final, acabou impulsionando as vendas do tal empreendimento.

O meme ganhou tanta repercussão que foi tema também de campanhas para outras marcas. Virou assunto de imprensa. Os mais puristas das redes sociais diriam que “orkutizaram” o meme.

O fato é que as agências descobriram o meme. Inventamos o modelo “meme como anúncio de oportunidade”. Logo veremos marcas e produtos apropriando-se cada vez mais cedo dos memes que rolam pelas redes sociais, ainda mais agora, em época de carnaval. A publicidade quer estar presente não só na TV, mas também na boca do povo, no meio da folia.

O meme é gerado no berço da cultura popular. Por isso flui rapidamente e perpassa os diferentes espaços de comunicação. Ouvi dizer que Michel Teló é mais um daqueles casos de sucesso do Youtube. Não concordo. Michel Teló é fruto de um meme. Foi um meme que nasceu entre o povo, influenciou os esportistas, rodou na TV, nas redes sociais e chegou até a Europa. Um meme contagiante que estimula a curiosidade e te faz ir até o Youtube. Ai, se eu te pego.

Bom carnaval.



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Publicado originalmente na coluna da edição impressa do jornal Meio e Mensagem, ano XXXIII, núm.: 1495, pág. 10. São Paulo: Editora Meio e Mensagem, 06/02/2012. 

Novas barras de cereal Taeq criadas por consumidores


"Prosumer" foi um termo sugerido nos anos 80 para a onda no marketing de consumidores pró-ativos, que participavam do processo de produção de um produto. Agora, em época de "crowdsourcing", os prosumers reaparecem em diversas ações de comunicação como essa realizada pela marca Taeq.

Em dezembro de 2010, a Taeq lançou em sua página no Facebook a campanha "Barrinha Taeq do meu jeito", em que convidava os internautas a enviarem sugestões de novos sabores.

No meio de 2011 a marca selecionou 6 sabores finalistas que foram produzidos para um processo de degustação e votação.

As 3 barrinhas mais votadas entraram para o processo de fabricação em série e agora em janeiro de 2012 chegam às gôndolas dos supermercados Extra e Pão de Açúcar.

Os novos sabores são: Coco, iogurte e creme de limão com chocolate ao leite; Figo, castanha-do-pará e cacau, coberta de chocolate meio-amargo e Cereja, nozes e doce de leite, com chocolate ao leite.




O Connect.Me já virou "case" antes mesmo de nascer


Não gosto muito dos termos "americanizados" do marketing, mas por outro lado, até hoje não encontrei nada melhor que o termo "case" para identificar "boas referências para ações de marketing". Como é o caso deste post.

Mesmo sem ter seu lançamento oficializado, o Connect.Me (#connectme) já virou "case" de propagação espontânea pelas redes sociais.

Ontem começou a rodar pelo Twitter e Facebook o link de um novo serviço na internet ainda um tanto misterioso. Na página do serviço há apenas a instrução para realizar o pré-cadastro e garantir o nome-de-usuário. Não há nenhuma explicação muito clara sobre sua proposta, somente uma breve apresentação no próprio site.

Mesmo sem informação alguma, em menos de 24 horas o serviço registrou mais de 20 mil cadastros. No total, o serviço já possui cerca de 40 mil usuários cadastrados ao longo da semana. Um belo "case" de propagação espontânea.

Por causa dessa falta de informação e principalmente, da exigência em realizar a autenticação do cadastro com o seu perfil no Twitter, Facebook ou LinkedIn, algumas pessoas levantaram a suspeita de se tratar de um site que rouba senhas. O blog Naked Security fez um post levantando tal suspeita.

Mas aparentemente não se trata de algo suspeito, pois seus criadores fizeram questão de aparentar transparência sobre suas intenções, apesar de continuarem a manter segredo sobre a proposta e objetivo do Connect.Me.

O Connect.Me é um serviço desenvolvido pela empresa Respect Network. Os responsáveis pela empresa são Joe Johnston (@simple10), Drummond Reed (@drummondreed), Dean Landsman (@DeanLand). Eles já criaram um perfil no Twitter para o Connect.Me: @respectconnect.

Depois da publicação do post no blog Naked Security, o sócio Drummond Reed também fez um post em seu próprio blog e enviou uma resposta para o Naked Security.

Reed explica em seu blog que eles pretendem lançar oficialmente o serviço amanhã, durante o evento South by Southwest (#SXSW) que acontecerá neste final de semana no Texas (EUA). Até lá, ele pretendem manter o suspense sobre o Connect.Me.

A intenção de abrir o pré-cadastro foi de Joe Johnston, que pretendia testar a performance do site antes do lançamento oficial no SXSM. Na noite do dia 08/março ele enviou o link-convite para alguns amigos e familiares. Na manhã do dia seguinte já haviam cerca de 10 mil novos usuários cadastrados e até o final do dia já eram mais de 20 mil. Uma repercussão inesperada.

No Brasil os links-convite se espalharam rapidamente pelo Twitter e Facebook. Até hoje (10/março) já aparecem mais de 390 tweets em português com a tag #connectme. Mas todos continuam com a mesma pergunta: o que é afinal, esse Connect.Me?

Minha aposta é que se trata de um serviço para facilitar o registro/login nas redes sociais; com recursos para amplificar estratégias de marketing dentro destas redes de relacionamento.

No blog, Reed diz que o Connect.Me será uma ferramenta para o que ele chama de VRM (Vendor Relationship Management); aparentemente, uma nova visão sobre o "gerenciamento de relacionamento com o consumidor".

Devido o grande volume de novos cadastros, eles fecharam hoje o compartilhamento direto com o Twitter e o Facebook, mas devem retomar assim que os servidores estiverem prontos para suportar a alta demanda.

Quem se interessar em realizar seu cadastro, mesmo antes de tudo isso ser confirmado, pode usar o meu link-convite: http://cxt.me/H4UvQQ

Ou então, aguarde mais um pouco e volte em breve, pois irei atualizando esse mesmo post assim que souber de mais novidades.



[UPDATED 14/03/2011] 
Segue o suspense:


Já se foram 3 dias de evento (SXSW) e até agora não há nenhuma novidade sobre o serviço Connect.Me. O site oficial continua apenas coletando o pré-cadastro dos interessados.

Na web a única novidade foi a criação de um blog oficial do Connect.Me.  Um blog ainda bem simples, sem nenhuma identidade visual da marca.

Lá não há nenhuma informação concreta sobre o serviço ou a data de lançamento. É dito apenas que o Connect.Me pretende ser um serviço que vai intermediar a relação das pessoas com as empresas na web, garantindo a privacidade e evitando que tais empresas tenham acesso a dados pessoais sem autorização.




[UPDATED 20/03/2011] 
Continua o mistério sobre o Connect.Me  

O site continua apenas registrando novos cadastros. O blog da empresa publicou novos posts, mas sem nenhuma informação consistente. Um dos posts tenta explicar um pouco sobre o serviço, mas limita-se a dizer que trata-se de uma ferramenta que permitirá o usuário conectar-se - com segurança -  em diferentes redes sociais.

Um pequeno grupo de beta-testers está ainda avaliando o funcionamento do serviço para somente depois a ferramenta ser oficialmente lançada. 


[UPDATED 29/03/2011] 
Novidades direto dos criadores
do Connect Me:

No final de semana recebi um e-mail de um dos criadores do Connect Me. Ele disse que estão trabalhando muito para conseguir lançar a versão beta nas próximas semanas. E eles preferem esperar até o lançamento para explicar os detalhes do novo serviço.

Até Maio os criadores esperam que esse novo serviço - que irá intermediar a relação entre as empresas e os usuários das redes sociais - esteja em pleno funcionamento. Mas antes disso alguns early-adopters terão acesso à versão beta.

No e-mail ele também avisa que ainda essa semana deve lançar um concurso especial para o lançamento da versão beta. Quem tiver interesse em participar, acompanhe o blog do Connect Me: http://blog.connect.me.




[UPDATED 14/05/2011] 
Agora vai! 

Finalmente foi anunciado para Junho o lançamento do Connect.Me.
A página de entrada já traz mais informações e após acessar sua conta já é possível "votar" em pessoas que você considera influentes. Só não se sabe - ainda - quais os serviços que a ferramenta vai afinal, oferecer aos seus usuários...






FlashMob: HammerTime


Neste domingo aconteceu a estreia nos Estados Unidos, pelo canal A&E, do programa HammerTime; que tem como protagonista o famoso cantor do anos 90 MC Hammer.

Para divulgar o novo programa foi utilizado o já "tradicional" viral-do-youtube, mas que desta vez simula um flashmob.

A aplicação das características de um flashmob numa ação de comunicação viral é recente. No ano passado surgiram as primeiras experiências; e na época comentei que provavelmente viraria moda.

Hoje ainda não posso dizer que virou moda, mas já foram realizadas diversas experiências, e a última foi esta para o lançamento do HammerTime.

No vídeo, dezenas de atores invadem uma loja e começam a dançar uma coreografia que imita o clipe da música do cantor Mc Hammer. Ao término da música todos desaparecem da loja, sem dar explicações.

Agora, faltando menos de 1 hora para o lançamento do primeiro episódio, o vídeo já tinha sido visto mais de 1 milhão de vezes.

Ações de comunicação que envolveram blogueiros

Em 2008 o termo "social media" foi definitivamente incorporado pelo mercado publicitário. Foram diversas as ações de comunicação que buscaram envolver as redes sociais.

Sempre alguém me pede para citar algum case interessante. São diversos os formatos, recursos e redes que podem ser aplicadas numa ação de comunicação. Apesar dessa diversidade, acho possível dividirmos essas ações em dois grandes grupos: as ações que geram conteúdo e esperam que o público consuma esse material e grupo daquelas que criam estratégias para que o próprio público produza o conteúdo e propague, espontaneamente, a informação.

Para ajudar eventuais interessados no assunto, resolvi fazer aqui uma lista de algumas das últimas campanhas que em comum, tinham como objetivo atingir os autores de blogs em busca de mídia espontânea na blogosfera. Veja abaixo algumas ações focadas em blogs:

LG Viewty (abr/2008): o evento ficou conhecido como "safari urbano" e levou diversos blogueiros para um passeio de helicóptero com direito a assistir um jogo no estádio do São Paulo. Cada blogueiro ganhou um celular e foi convidado a registrar todo o passeio. No dia seguinte as fotos estavam espalhadas nos blogs, flickr, etc.

Nome Próprio (mai/2008): a produção do diretor Murilo Salles organizou uma premiére do filme exclusiva para blogueiros. Além da relação com o contexto do filme, a estratégia era parte de uma espécie de "marketing colaborativo" que convidava o blogueiro a divulgar o filme.

i9 Hidrotônico (jul/2008): para o lançamento do seu novo produto a Coca-Cola resolveu selecionar 9 blogueiros que receberam uma mini-geladeira com o hidrotônico. A ação teve muita repercussão por conta do caso gerado pelo uso do termo "blogueiro de aluguel" pelo portal Blue Bus, apesar de não ser essa a primeira ação de envio do produto para autores de blogs.

Brastemp You (jul/2008): como parte das ações para o lançamento da linha "You" a Brastemp organizou um evento sobre blog e moda e convidou alguns personagens destes dois mundos para falar. O público também era formado por pessoas das duas áreas.

Doritos 5Kg (out/2008): para divulgar sua promoção a Doritos distribuiu pacotes exclusivos de 5Kg para um público selecionado de formadores de opinião e influenciadores de rede. Dentre eles foram eleitos alguns autores de blogs. Além dos posts em blogs essa ação gerou também fotos no flickr e vídeos no youtube.

Outubro Rosa – Roche (out/2008): aproveitando do termo "blogagem coletiva" essa campanha da Roche para conscientização sobre o câncer de mama convidou blogueiras a escreverem posts sobre a doença.

O de sempre nunca - Bavaria (nov/2008): a Bavaria montou um blog com conteúdo produzido por 6 colaboradores que são jornalistas e também blogueiros. Qualidade editorial é a aposta para gerar uma comunidade que também faz uso das redes flickr, youtube e facebook.

Ultimate Blog Challenge - LG (nov/2008): nesta ação foram convidados outros 6 blogueiros famosos para participar de uma espécie de gincana em que o número de participantes na equipe de cada blog ajuda a garantir a vitória, ou seja, para ganhar é necessário divulgar bastante o campeonato.

Os casos citados acima não são, necessariamente, os melhores realizados até agora. São apenas, aqueles que me lembrei agora. Caso saiba de algum outro que merece destaque, deixe um comentário. De qualquer maneira, espero que o post seja útil!

McDonald´s: rato no sorvete [updated]

Espero que esse blog não se torne um espaço exclusivo para as coisas "nojentas" da área de alimentação. Porém dentro da proposta original cabe a discussão sobre o poder que o consumidor adquiriu com a internet e portanto, lá vai:

Por conta de um post em que comentei sobre um "corpo" estranho encontrado dentro das embalagens de sucos industriais, recebi um e-mail de uma leitora do blog solicitando ajuda para confirmar um novo fato.

Pesquisei na internet e ainda não encontrei nada. A história parece recente. Se alguém tiver alguma informação adicional, inclusive se por acaso se trata de farsa, por favor, deixe um comment! Tanto pode ser alguém apenas querendo gerar polêmica falsa. Bem como pode ser um fato verídico e nesse caso, salientar a necessidade de uma verificação sanitária nessa determinada loja.

O e-mail que está começando a rodar por aí é o seguinte:

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Pessoal uma colega foi sábado dia 30/08/08, ao shopping GRANDE RIO, (MC DONALD’S) quando estava na fila veio uma moça gritando muito, pedindo para levarem ela p/ o hospital p/ fazer uma lavagem porque tinha um rato na casquinha dela, ai jogou o sorvete no balcão do caixa e mostrou o camundonguinho morto, quando ela terminou a parte de cima do sorvete , mordeu o rabo do rato!!!

Aí ela tirou esta foto!
A moça estava estérica , e não é pra menos!!!!
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Na mensagem aparece o nome do remetente. Optei por omitir seu nome para preservar sua imagem já que essa pessoa apenas repassou o alerta. Infelizmente essa pessoa não sabe identificar o remetente original. Também escrevi para o McDonald's abrindo esse espaço para uma resposta oficial, mas até agora não tive retorno.

Acreditem ou não, minha intenção com esse post não é fazê-los nunca mais entrar num McDonald´s. O que interessa a esse blog é mostrar como hoje o consumidor tem mais facilidade para divulgar e espalhar por aí eventuais problemas que tenham com determinado produto ou serviço. As consequências ampliam quando publicado num blog, pois a informação fica registrada por tempo indeterminado.

Diversas empresas já estão prestando atenção para isso e contratando serviços especializados para rastrear tudo o que é publicado na internet e procurar dar a resposta adequada em cada caso.

[updated 14/10/08] O blog e-farsas foi atrás e levantou diversos pontos que levam a crer se tratar de um falso boato. Motivo? Talvez prejudicar a marca ou simplesmente promover um spam. O McDonald´s respondeu o contato feito. Está tudo publicado no post.


[updated 15/10/08] Cerca de 1 semana após o contato que fiz com o McDonald´s recebi uma resposta; a mesma que foi enviada para o site e-farsas. Estou republicando abaixo para dar assim, o direito de resposta ao McDonalds:


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Prezado Sr. Eric,

O McDonald's repudia veementemente um e-mail de remetente não identificado, de conteúdo irresponsável e sem fundamento que tem circulado pela Internet dando conta de que uma consumidora teria encontrado um camundongo em um sorvete da rede.

O McDonald's segue o mais rígido e avançado controle de Segurança Alimentar do país. O fato abordado na corrente é simplesmente impossível de acontecer. Não há como qualquer objeto passar pelo bico da máquina de sorvete. As casquinhas de todos os sorvetes são embaladas uma a uma. Além disso, os restaurantes são vistoriados regularmente pelos órgãos de saúde e podem ser visitados a qualquer momento por qualquer cliente que assim desejar.

Infelizmente, por se tratar de corrente de remetente anônimo, a empresa não pode tomar qualquer atitude legal contra os responsáveis.

O McDonald's reforça que oferece sempre produtos seguros e de alta qualidade aos nossos consumidores. Reiteramos que os consumidores que ponham isso em dúvida estão convidados a conhecer a cozinha de nossos restaurantes e conversar com um de nossos gerentes.


Atenciosamente,

Departamento de Relacionamento com o Cliente
McDonald’s Brasil
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Segue abaixo outros posts relacionados:
- Bichos nos sucos Mais e Del Valle ?!?!
- Denúncia: supermercado Extra engana consumidor
- Consumidor ganha poder através dos blogs e redes sociais
- O paradigma do blog corporativo



Criatividade no conteúdo e no formato

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Artigo publicado originalmente na coluna "Pensamento Digital"
do portal JumpExec em 16/09/2008
http://jumpexec.uol.com.br/index.php?sub=5&land=ler&idArtigo=2428
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O discurso sobre o processo criativo envolver todas as áreas de uma agência de publicidade não é novo, mas tratando de ações que envolvem os meios digitais, esse discurso parece ganhar um aspecto mais real e concreto.

Essa reflexão nasceu a partir de uma discussão que aconteceu recentemente em meu blog. A questão eram os novos formatos que estão aparecendo e uma possível fragilidade: a repetição de uma mesma narrativa no conteúdo pode esgotar o formato e deixar de atrair e impactar o consumidor.

Cronologicamente falando, é cada vez menor o período de evolução de uma nova tecnologia, bem como seu processo de amadurecimento. Concluímos que o mesmo pode ocorrer para os formatos.

Algumas décadas atrás aparentemente era mais fácil identificar os formatos publicitários existentes para cada mídia de massa. Hoje vemos surgir novos formatos a cada nova campanha. De fato há uma tendência (muito oportuna) de apropriar-se ou mesmo criar um novo formato que seja adequado para as especificidades de cada produto e público-alvo. No fundo, perde-se até o sentido da palavra "formato".

E pior, alguns começam a rever a necessidade do profissional de mídia dentro da agência, como tem alertado André Porto Alegre (presidente da APP - Associação dos Profissionais de Propaganda). Em meu ponto de vista o caso é exatamente outro! É agora que o mídia deve ser valorizado, mas esse assunto deixo para outro artigo.

Foco na questão do formato no meio digital. Diferente dos meios de massa, aqui a interatividade é fator essencial. Para exemplificar, vamos falar de um formato muito recente de mobile marketing em que a proposta é interagir o telefone ou celular do usuário com um vídeo publicado num hotsite.

Uma das primeiras ações de comunicação a utilizar tal formato aconteceu em abril de 2008 para o lançamento do filme "Uma Chamada Perdida". No filme os personagens recebiam uma mensagem de voz em seus celulares. Na ação criada, a pessoa recebia uma ligação em seu celular enquanto assistia o trailer do filme.

Mais recentemente um hotsite criado para a L´oreal mostrava um vídeo com a atriz Grazi Massafera convidando o visitante do hotsite a fornecer seu número. Em seguida o vídeo mostrava a Grazi ligando para o número indicado e o usuário recebia a ligação, que mantinha o tempo todo a sincronia com o vídeo na internet.

E neste último dia dos pais a TIM realizou campanha semelhante em que uma menina solicitava o número do celular para "contar um segredo". Estes três casos mostram ações originais que atraem o público-alvo e estimulam o buzz. Em geral o resultado é atingido com extremo sucesso.

Mas fica o alerta: logo mais será cada vez mais difícil convencer a pessoa a fornecer o número do seu telefone/celular. Conforme iniciei esse texto, a repetição pode esgotar o formato e deixar de atrair e impactar o consumidor. Antes o esgotamento de um formato demorava mais do que agora. As pessoas eram mais receptivas à mensagem publicitária e mais, nos meios digitais a interação exige a permissividade para que a mensagem seja completada. Como conquistar essa permissão?

Fica então a necessidade de criar conteúdos para esse formato com narrativas extremamente originais, que garantam o interesse e envolvimento da pessoa; ou então será apenas "mais um daqueles vídeos que ligam para o seu celular".

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Artigo publicado originalmente na coluna "Pensamento Digital"
do portal JumpExec em 16/09/2008
http://jumpexec.uol.com.br/index.php?sub=5&land=ler&idArtigo=2428
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Lá vem a Axe mais uma vez


Estreiou hoje nova campanha da Axe, seguindo ainda o mesmo conceito, um tanto machista no meu ponto de vista, mas sempre muito inovador e criativo no uso das mídias, principalmente as mídias sociais para gerar buzz.

Desta vez o comercial de TV mostra mulheres correndo em direção ao homem que aplica Axe no corpo. Aqui está o vídeo americano:



Antes do lançamento do comercial no Brasil foi feito um teaser no YouTube:



Para gerar buzzmarketing a Axe produziu ainda uma ação com mulheres correndo pelas ruas de São Paulo (foto que abre esse post) e o game de internet "Billions" em que é possível ganhar prêmios oferecidos não só pela Axe, mas também pelas marcas Puma, Red Bull, Doritos e Burger King. Confira em www.efeitoaxe.com.br



crédito: visionando

[drops] Oi na Hello Interactive

Pelo visto logo mais teremos boas ações interativas para o lançamento da Oi em São Paulo, pois a conta foi parar na mão da Hello Interactive. É só esperar pra ver.


Um microblog nacional para o mercado teen

O QUE É:
O Diário Celular é um produto da Compera nTime, empresa voltada para serviços de valor agregado para celular.

Aproveitando o lançamento do novo recurso de aplicações OpenSocial do Orkut e também a moda do microblog que atinge por enquanto apenas os heavy users da internet, a Compera nTime lança um serviço de rede social através de mensagens de texto (SMS) do celular.

O formato do Diário Celular aparenta um foco no mercado teen, o mesmo que fez o sucesso do Orkut no Brasil.

Para utilizar o serviço inicialmente é necessário entrar na nova área de aplicativos do Orkut e procurar por "Diário Celular" (ou então pegue aqui o link direto). Depois é só seguir os passos para cadastrar o número do seu celular. É importante lembrar que cada SMS enviado é cobrado pela operadora do celular.

COMO FOI O LANÇAMENTO:
O lançamento do produto aconteceu ontem em um evento no MAM (parque Ibirapuera), organizado pela recém criada agência Pólvora!. Aliás, tenho alguns amigos trabalhando na nova agência e deixo aqui meus parabéns pelo evento de ontem.

O público era formado por autores de blogs e demais heavy users da internet. A idéia da Pólvora! era apresentar o produto aos heavy users para que eles iniciassem a propagação do buzz pela internet, mesmo sabendo que eventualmente não serão eles os principais "consumidores" do serviço. No início do evento a apresentadora da noite, Rosana Hermann, apresentou a promoção "Tá Fazendo o q?", criada para incentivar o uso do novo serviço.

"Tá fazendo o q?" é uma espécie de reality show através do celular. Durante sua apresentação, Rosana Hermann chamou cada um dos 15 integrantes que durante 30 dias deverão passar o dia-a-dia enviando SMS´s para o Diário Celular. São eles: Bruno Dookie, Caio Novaes, Camila Coutinho, Darth Pri, Fernanda Pineda, Flávio Lamenza, Geovana DG, Guilherme Tomé, Guilherme Valadares, Lia Kitty, Luiza Gomes, Marina Santa Helena, Mirian Bottan, Raquel Juraski e Sarah Bergamasco. Alguns são universitários e outros recém formados. Por coincidência muitos trabalham também em agências de comunicação para meios digitais (buzzmarketing, viral, social media, etc).

Ganha a promoção aquele que conseguir acumular o maior número de pontos obtidos através do envio de updates, do número de comentários recebidos em suas postagens, provas, etc. O 1º colocado leva um Iphone e um Macbook, o 2º colcoado um Laptop e 3º colocado ganha um Ipod Touch. Se quiser acompanhar tem ainda a comunidade no Orkut (clique aqui).

crédito da foto: James Della Valle

[drops] New Beetle do Fenômeno à venda no YouTube

O tempo passa e a internet evolui. Seus usuários não cansam de experimentar novas estratégias de comunicação e assim, desenvolvem uma linguagem própria dos meios digitais.

Aqui vai uma forma inusitada de vender um carro usado: Marcio Juniot, redator da agência Neogama, resolveu colocar à venda o New Beetle que um dia foi do Ronaldo (O Fenômeno).

Colocou um vídeo no YouTube para mostrar o carro e lançou a "promoção": se o vídeo atingir mais de 100.000 acessos, 20% do valor será doado para o Graac. Se chegar a 500.000 ele doa 50%. O lance mínimo é de R$50.000.

Se fosse um mero anúncio de classificados no jornal impresso sem dúvida não teria nota no BlueBus.

Ação de mobile marketing faz Grazi ligar para você


Essa dica foi enviada pelo Twitter por @comunicadores. Para divulgar seu produto a L´oreal acaba de colocar no ar uma ação de mobile marketing criada pela Publicidade Interativa.

No mobile marketing a moda é interagir um vídeo na internet com o telefone ou celular do usuário.

Neste caso a ação acontece da seguinte maneira: foi criado um hotsite que traz a chamada "O que está acontecendo com a Grazi?". Um vídeo de introdução diz que Grazi Massafera está ligando para sua amigas para contar a novidade, se quiser saber, basta indicar o seu número de telefone.

Em seguida aparece um vídeo da Grazi com seu celular, sentada num sofá. No instante seguinte seu telefone começa a tocar e enquanto você ouve a gravação da Grazi, o vídeo segue adiante. Num dado momento ela retira da bolsa a embalagem do produto que aparece em detalhe no vídeo.

No fim da interação o hotsite permite ainda clicar nos objetos da cena para obter mais detalhes sobre o produto e enviar a dica para um amigo.

Você leitor deste blog, assim como eu, deve achar um tanto brega a narrativa da ação, mas de fato não somos o público. E admito que o enredo atende bem ao público-alvo. A questão é acreditar que o público deste produto é usuário freqüente da internet e será atingido pela comunicação. Pelo visto a L´oreal resolveu apostar. E acredito que não vai errar, pois boa parte do público tem acesso à banda larga, nem que seja do trabalho. Basta dar uma volta pelo Orkut para conferir.

Em geral campanhas como está ficam pouco tempo no ar por causa do alto custo das ligações. Se quiser tentar ver a campanha, clique aqui.

Assim como várias outras ações inusitadas que fazem uso do meio digital, logo mais o modelo perde a graça; mais ninguém gastará tempo ouvindo mensagem no telefone e será necessário criar um novo modelo.

LG: Scarlet, a nova série da/de TV

Hoje ao entrar no site da Fnac (BR) vi o teaser de lançamento da nova linha de televisores da LG. A mensagem diz "Scarlet: a nova série de sucesso da TV". Trata-se da mesma campanha já veiculada lá fora. Porém a versão em português perde um pouco do duplo sentido.

Lá fora o lançamento aconteceu em 30 de Abril. O teaser tinha exatamente a mesma proposta. Diversos filmes foram colocados no YouTube e um buzzmarketing lançou o boato de que a tal atriz que aparece no teaser estava de caso com o rapper Puff Daddy. Era uma campanha completa para fazer entender que se tratava de uma nova série / seriado de TV. A mensagem dizia apenas "The hit new TV series". Abaixo um dos teasers:



Mas no dia 30 de Abril o filme de lançamento revela que não se trata de uma série / seriado de TV mas na verdade de uma série / aparelho de TV e por fim, revela-se a marca: LG. Veja agora o filme de lançamento:



Como se vê trouxeram para o Brasil a mesma campanha, porém, na minha opinião infelizmente a mensagem "Scarlet: a nova série de sucesso da TV" não tem o mesmo jogo de interpretação que a versão em inglês - "Scarlet: the hit new TV series" - permite. Pois afinal aqui no Brasil estamos acostumados a utilizar o termo "linha de produtos" ou "linha de televisores" ao invés de "série de produtos" ou "série de televisores".

Além disso, apesar de não ser gramaticalmente incorreto, preferimos usar "nova série da TV" para fazer referência ao conteúdo (programas/seriados) e "nova série de TV" para fazer referência ao aparelho televisor, não é?

[drops] Chevrolet faz ação com blogueiros

Acontece neste exato momento uma ação de social media para promover o Chevrolet Prisma junto aos principais blogueiros do São Paulo.

Como conta Ariel Gajardo no blog do Rafael Ziggy, o "Sim, Viral", o Diretor de Marketing da Chevrolet, Samuel Russell, enviou por e-mail um vídeo convidando para o evento que aconteceria hoje, 14 de junho, no Credicard Hall (SP).

Em sites como o summize.com é possível acompanhar os flashes enviados pelos blogueiros através do Twitter (tags: #chevrolet e #chev).

E a partir de amanhã devem começar a aparecer posts pelos blogs comentando o que foi visto por lá, vamos esperar pra ver...

Primeiro caso de SPAM brasileiro no Twitter: Casas Bahia

Foi o Carlos Merigo quem deu a dica em seu blog: a Casas Bahia resolveu usar o rede Twitter em sua estratégia de comunicação, assim como fizeram outras marcas pioneiras.

Porém ela conseguiu algo que a diferenciou das outras marcas: lançou o pior modelo de uso do Twitter em ações de comunicação.

De fato, talvez melhor classificar como SPAM e não uma efetiva ação de comunicação.

A Casas Bahia criou um usuário no Twitter que fica constantemente enviando a mesma mensagem publicitária para cada usuário da rede.

A segunda fase do projeto é mais coerente: o usuário no Twitter é utilizado parar publicar mensagens de amor encaminhadas pelos participantes da campanha para o dia dos namorados, mas sem dúvida a primeira fase da campanha não caiu bem aos olhos dos usuários da rede Twitter.

Não, realmente algumas marcas não entendem nada de social media... ou melhor, a culpa nem sempre é da marca, mas da agência que criou a estratégia de comunicação.

[updated] Limão fará flashmob nesta terça


O portal Limão, além de utilizar o espaço de mídia de forma inusitada, na próxima terça irá promover um flashmob para a gravação do seu comercial.

O flashmob é o termo utilizado para ações de mobilização de um grupo de pessoas organizadas através de redes de comunicação como o celular ou a internet. Até então a maioria dos flashmobs realizados tinham objetivos lúdicos ou político-sociais.

Na minha opinião o flashmob deve ser a próxima moda das ações de marketing viral e guerrilha. Passada a fase dos vídeos de YouTube e mais recentemente os virais utilizando blogs e redes sociais, agora devem surgir cada vez mais ações promovendo a mobilização do consumidor.

O portal Limão dá a dica de como realizar uma ação destas: já faz alguns meses que são publicadas em revistas e jornais anúncios contendo apenas a frase "Anúncio do Limão". Cartazes e folhetos semelhantes também foram distribuídos pela cidade. As peças solicitavam para que a pessoa efetuasse seu cadastro no site e guardasse o anúncio.

O grupo criado dentro do portal para divulgar a ação já conta com mais de 6.000 pessoas. Muitas delas trocam mensagens e enviam fotos segurando o anúncio.

Meses se passaram e finalmente apareceu dentro deste grupo uma chamada para a gravação do comercial que deve acontecer na próxima terça, dia 10 de Junho, às 10h00, no MuBE na Av. Europa em São Paulo.

Os interessados devem aparecer no local e hora indicados, munidos do anúncio e de uma autorização de uso de imagem que pode ser baixada no portal. Em breve teremos um comercial na televisão gravado com os próprios consumidores.

Estratégia de comunicação com uso criativo das mídias: essa é a nova regra da publicidade.

- MAIS:
Um grupo de alunos do último semestre da Faculdade de Comunicação e Marketing da FAAP vai apresentar, na próxima semana, uma proposta de campanha de comunicação para o portal Limão, como projeto de conclusão do curso.

Para divulgar seu trabalho o grupo colocou no saguão de entrada do prédio uma caixa de vidro repleto de limões. Aquele que acertar o número exatos de limões ganha 2 convites para a festa de formatura. Para receber os palpites foi criado o usuário "Missão Limão na Faap" dentro do portal.


[UPDATED] A chamada para o comercial conseguiu reunir um grande volume de pessoas, que toparam passar o dia todo no MuBE para a gravação do comercial. Veja abaixo um vídeo do making-off: