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Mídias Sociais: do estagiário ao CEO


Diego Monteiro (Scup) e Ricardo Azarite (Kekanto) acabaram de lançar o livro "Monitoramento e Métricas de Mídias Sociais: do estagiário ao CEO" pela editora DVS.

Durante a fase de desenvolvimento do livro, fui convidado para participar de um grupo de profissionais e pesquisadores que foram entrevistados e serviram de fonte de conhecimento para a produção deste livro.

O resultado é uma obra bastante interessante, que traz de uma forma didática, informações essenciais para quem pretende implantar uma estratégia de comunicação em redes sociais na sua empresa.

Ganhei 2 exemplares e resolvi presentear aqueles que acompanham meu trabalho através deste blog e das redes sociais. Agora em novembro este blog comemora 11 anos de vida. Então lá vai um bom presente para os leitores do e-Code!

A proposta é a seguinte: quem tiver interesse no livro, clique aqui para inscrever-se no sorteio até as 13h do dia 23/11/2012 (sexta). Farei o sorteio logo após e duas pessoas receberão pelo correio um exemplar!

Quem se interessa pelo tema e não quer esperar a sorte, pode encomendar o livro no site da própria editora. Clique aqui.


[updated 23/nov ] Os ganhadores!
Para definir os ganhadores, solicitei uma sequência numérica aleatória utilizando o serviço random.org.

Os dois primeiros números da sequência utilizei para identificar os ganhadores, a partir da ordem cronológica de registros dos participantes. São eles:

Maíra Teixeira (São Paulo, Brasil)
Luisa Di Domenico (São Paulo, Brasil)

Parabéns aos dois e obrigado a todos que participaram.
Fica a dica: semana que vem tenho um convite especial para oferecer aos leitores do blog, fique atento! ;-)






#SubmarinoDigitalClub: A leitura no tablet

Conforme comentei num post anterior, fui convidado pelo Submarino a conhecer sua plataforma de e-books #SubmarinoDigitalClub. Esse convite acabou me convencendo, definitivamente, a vivenciar a leitura de e-books num tablet.

Confesso, li muito poucos e-books. Tinha preferência pelo livro impresso. No tablet, comecei a ler revistas, jornais e blogs, mas ainda não tinha experimentado os e-books.

Fui no portal do #SubmarinoDigitalClub e baixei o livro "O Novo Mundo Digital" de Ricardo Neves. Sem dúvida, nada mais apropriado.

Logo no início do livro, o autor cita a tendência dos tablets dominarem o espaço da leitura, principalmente da leitura cotidiana e educacional. Os livros impressos ganharão um novo valor. Algo parecido com o que aconteceu com o disco de vinil. O livro impresso será um artigo exclusivo, com possibilidade de personalização de detalhes como tipo de letra, capa e papel.

De fato, para a leitura cotidiana, o tablet atende muito bem as necessidades. No aplicativo de leitura do  #SubmarinoDigitalClub é possível organizar todos os livros adquiridos, fazer anotações ou marcações nas páginas. A leitura flui da mesma forma como num livro impresso.

Porém, particularmente considero esses e-readers ainda muito simples e cheios de bugs. Provavelmente com o rápido desenvolvimento desses aplicativos de leitura, em breve teremos ainda mais recursos, principalmente de compartilhamento de leitura para quem sabe até promover uma leitura em conjunto com outra pessoa, porém à distância.

OBS: se assim como eu, você gosta de temas relacionados à comunicação e redes sociais, visite o grupo que montei no portal para ver dicas de livros dessa área. Clique aqui para acessar a página do grupo.

Abaixo segue algumas imagens das telas do aplicativo para tablets do #SubmarinoDigitalClub.

   





Mashup: versão comentada do livro Onipresente

"Onipresente" é o novo livro de Ricardo Cavallini, mas isso você já sabe; inclusive já comentei num outro post.

Este post é para avisar que agora está disponível uma nova versão com a minha participação.

O autor convidou algumas pessoas para participar de um projeto de mashup: era permitido interferir, modificar e redistribuir o conteúdo do livro. Nada mais coerente, para um livro que discute os novos rumos da comunicação e apresenta as mudanças sofridas pela publicidade.

Tiago Dória participou do mashup. Fez um prefácio e a versão alterada está lá para download. Ao invés de incluir mais textos ou imagens, resolvi oferecer minhas próprias anotações.

Antigamente os livros eram mais caros do que atualmente. Por conta disso, era comum utilizar livros emprestados. Na universidade era comum pedir emprestado o livro do professor, pois além do texto, haveriam os grifos e anotações daquele professor.

Para fazer referência a essa época - e quem sabe inaugurar uma "edição vintage" - fiz a proposta de lançar uma "versão comentada"; em que foram aplicadas nas páginas do livro, meus grifos e anotações feitas durante a leitura.

A quem possa interessar, está lá no site, disponível para download gratuito. É só baixar e conferir (http://www.onipresentelivro.com.br/ericmessa).

Na internet só tem lixo?


No livro “O Culto do Amador”(1), de Andrew Keen é evidente o uso que faz de uma linguagem provocativa, própria para gerar polêmica e com isso, ganhar toda a mídia espontânea que vêem obtendo desde o lançamento do livro nos EUA em 2007.
Com um tom apocalíptico, logo no início do livro o autor chega a dizer que os usuários da web 2.0 são tão criativos quanto os macacos e estão poluindo a internet(2).

Nesta época de entusiasmo pela internet, repleta de evangelistas da era da web 2.0, é bom ver um discurso apocalíptico, capaz de estimular uma reflexão apolítica.
De fato, a grande maioria do conteúdo publicado na internet é produto da cultura popular, sem qualquer referência ou credibilidade. Sob a bandeira da democratização, conteúdos impróprios e a pirataria invadem o espaço virtual. Para Keen, a consequência é “menos cultura, menos notícias confiáveis e um caos de informação útil”(3).

Não contesto a afirmação, mas escrevo esse post, pois acho importante fazer uma ressalva: “O Culto do Amador” esquece de considerar que não vivemos o fim, mas na verdade, o princípio da formação de um novo modelo de comunicação. Tudo o que vivenciamos hoje é ainda parte de um processo de construção de uma nova linguagem, e inclusive, uma nova cultura.

Keen também se esquece de ampliar seu olhar. A internet está repleta de conteúdo superficial. OK. Agora pergunto: e a televisão? Quanto já não foi discutido e teorizado sobre a falta de qualidade no conteúdo da televisão? Aliás, o já antigo discurso entre Apocalípticos e Integrados tocava nesse assunto. Isso muito tempo antes do surgimento dos meios digitais.

Se ainda sob a geração da TV, repleta de lixo televisionado, fomos capazes de formar nossos intelectuais, sem dúvida a geração digital também saberá identificar seus intelectuais em meio ao lixo virtual.

Também concordo que a blogosfera está cada vez mais ocupada por profissionais de comunicação – da publicidade e relações públicas - todos buscando divulgar a marca de seus clientes e acobertar comentários negativos registrados por consumidores. Pior ainda são os falsos registros, que na verdade, não passam de publicidade disfarçada.

Mas tudo isso é constantemente vigiado e denunciado por outros blogs que acabam criando a cultura da pesquisa e do olhar crítico. Quem estuda comunicação sabe que já não somos mais como o consumidor ingênuo de publicidade dos anos 60. O olhar crítico para a mensagem publicitária vem se desenvolvendo e não deve parar.
Outro argumento do livro que quero ressaltar é a cultura do “copy&paste”. Sem dúvida, cresce rapidamente entre os jovens estudantes o costume da cópia de trechos encontrados na internet a partir de pesquisas superficiais no Google. Sem dúvida esse é um dado que comprova o “emburrecimento” da nova geração, mas no meu ponto de vista essa também é uma prova do nosso atual estado de adaptação para uma nova cultura.

No twitter, por exemplo, já nasce uma cultura muito forte da referência e da citação da fonte original. A comunidade que usa essa rede social assumiu um compromisso de citar as fontes e vigiar aqueles que não o fazem. A meu ver, considero esse fato como consequência da própria interface, mas também como uma evolução, pós era “copy&paste”, em que muitos blogs copiavam conteúdo de outros autores sem citá-los.
Como diz a semioticista Lucia Santaella, o meio digital exige do seu usuário transformações perceptivo-cognitivas (4), ou seja, há toda uma estrutura cognitiva, se preferir, uma espécie de “know-how”, necessário para lidar com o ambiente digital.

Em geral, é esse fator que diferencia indivíduos que fazem parte das gerações pré e pós era digital. E é esse fator que Andrew Keen deixou de lado. Ainda estamos no meio do processo. Ainda estamos construindo essa estrutura cognitiva e cultural. Teremos ainda que errar muito, mas nenhum desses erros representa o fim da nossa sociedade.

No último capítulo, Keen incita o leitor a “proteger o legado de nossa mídia convencional e 200 anos de proteção aos direitos autorais”(5). Como? Proponho exatamente o oposto. Vamos expor os limites do novo paradigma digital e negociar uma reforma dos tradicionais modelos sócio-econômicos. Precisamos de outro Skype, outro MP3, para continuar a refletir e promover mudanças em nosso mercado.

Bom, encerro por aqui esse lixo. Mais um post no mar da blogosfera.


Notas:
(1) KEEN, Andrew. O culto do amador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009
(2) idem, p.08
(3) idem, p.20
(4) SANTAELLA, L. Navegar no ciberespaço. São Paulo: Paulus, p.37, 2004.
(5) KEEN, Andrew. O culto do amador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., p.173, 2009


MAIS SOBRE:
- Review do livro O culto ao amador
- CRÍTICA: O CULTO DO AMADOR
- Em 2009, “O culto do amador” não fede nem cheira

A publicidade que valoriza o conteúdo

No livro Onipresente (2009) - faça download aqui - Ricardo Cavallini lembra um detalhe muito importante a ser considerado por aquele que pretende conhecer os meios de comunicação: antigamente era comum ouvir alguém dizer que iria "ver o que estava passando na TV", ou então "ouvir um pouco de rádio". Ou seja, escolhia-se o meio e não sua programação/conteúdo. É claro, a programação era critério de escolha, porém diferente de como fazemos atualmente.

Hoje já aprendemos a agir diferente, como o próprio Cavallini exemplifica, hoje escolhemos o conteúdo ao invés do meio. É comum ver alguém dizer que vai assistir Heroes (o seriado), ou seja, estamos em busca do conteúdo, independe qual será o meio.

Isso acontece por consequência da proliferação e convergência dos meios. É possível encontrar um mesmo conteúdo em diferentes meios. Assim, podemos ver Heroes na TV, mas também há o gibi, o game, o blog dos personagens, etc.

Porém não se trata exatamente do mesmo conteúdo, mas de conteúdos complementares para a mesma narrativa. É isso que Henry Jenkins chamou de transmídia em seu livro Cultura da Convergência (1).

A publicidade, já atenta para essa tendência, começa a desenhar campanhas em que o conteúdo é valorizado a tal ponto de atuar como complemento da narrativa proposta pelo anunciante. Explico: a publicidade já não divulga simplesmente. Ela cria ramificações, conteúdos complementares.


Essa semana entrou no ar uma ação de comunicação que exemplifica bem essa teoria.

O objeto de divulgação é uma exposição que a artista Sophie Calle montou em que o tema central é uma carta que receberá comunicando o término do seu relacionamento. A artista mostrou a carta para outros 107 artistas que foram convidados a interpretar a tal carta e todas essas obras reunidas formaram a exposição.

Para divulgar essa exposição, a agência Santa Clara/Nitro não criou apenas uma ação de comunicação, mas todo um produto complementar à exposição de Sophie Calle, e é aqui que aparece a transmídia. Foi criado um blog em que o visitante pode ler a carta e mandar a sua interpretação.

As melhores interpretações serão selecionadas para a próxima edição da exposição que acontecerá no Museu de Arte Moderna da Bahia.

Quer conhecer o projeto? Visite http://blog.sophiecalle.com.br.

Foto que faz parte da obra criada por Flavia Valsani como contribuição para o blog.


(1) JENKIS, Henry. Cultura da Convergência. São Paulo. Editora Aleph, 2008

Como potencializar propagadores da marca

"Groundswell"(1), assim como "Cultura da Convergência"(2) são hoje, livros essenciais para quem pretende aprofundar seu conhecimento em comunicação corporativa e mídias sociais.

Hoje fiz uma re-leitura de "Groundswell" para tentar trazer não um resumo, mas algo que possa complementar o que é tratado no livro.

Busquei uma análise para tentar identificar como conquistar consumidores para que se tornem fãs e principalmente, propagadores da marca:

1 - Ofereça feedback de impacto
Quando receber uma crítica, responda rápido e de forma surpreendente, mostre que a crítica foi valiosa para melhorar o produto/serviço. Com isso o consumidor ficará impressionado, revertendo eventual problema de imagem.

2 - Mantenha contato permanente com a comunidade
Mostre que a empresa é capaz de conversar informalmente com o consumidor no blog e nas redes ssociais. Estimule a conversa e a transparência, isso irá agregar valor para a marca.

3 - Forneça informações privilegiadas
Convide heavy-users para os mesmos eventos que convidaria jornalistas e influenciadores do meio. Assim o consumidor se sentirá valorizado.

Essas três recomendações, quando colocadas em prática adequadamente, são capazes de estimular o surgimento de propagadores da marca, dispostos a falar bem e defender a marca como retribuição pela atenção e proximidade da relação com a empresa.


(1) LI, Charlene e BERNOFF, Josh. Groundswell: Winning in a World Transformed by Social Technologies. Estados Unidos, Harvard Business School Press, 2008.
(2) JENKIS, Henry. Cultura da Convergência. São Paulo. Editora Aleph, 2008