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Cinco itens essenciais do digital (parte 1)

...e algumas dicas de como utilizá-los na publicidade


Costumo dizer que há alguns conceitos fundamentais a serem considerados por quem pretende desenvolver uma ação de comunicação nos meios digitais. Há também as tendências que não devem ser desprezadas.

Deixo aqui duas (e no próximo artigo mais três) referências, bem como algumas ideias e exemplos que já vi por aí. Claro, tudo isso também vale para quem trabalha com redes sociais. Da próxima vez que pedirem para você incorporar as mídias sociais na campanha de comunicação, veja se as referências abaixo servem para estimular sua criatividade:

Colaboração
Junto com a Interatividade e a propensão ao Compartilhamento, a Colaboração é uma característica intrínseca à internet. Na era das redes sociais, a Colaboração alcançou um novo patamar. Hoje vemos termos como crowdsourcing e crowdfunding ganhando destaque. A Fiat comprovou o potencial da Colaboração com o seu projeto Mio; e Ruffles chegou a lançar um novo sabor, sugerido por seus consumidores. Porém não são somente as grandes campanhas que podem tirar proveito desse conceito.

Você pode propor situações mais simples, como convidar os usuários do Facebook que acompanham a fanpage da marca a opinarem no processo de criação de um novo filme para TV. Além de estimular o buzz, vai gerar muita expectativa.

Quando a proposta é fazer uma comunicação dirigida somente a alguns influenciadores do meio, pode-se antes, visitar o perfil de cada um e convidar seus respectivos amigos a participarem de alguma etapa do processo de comunicação que será realizada. Sem dúvida vai gerar mais proximidade com esses influenciadores. Já vi isso sendo aplicado e funciona bem.

Interatividade
Como disse antes, a Interatividade é um fator inerente dos meios digitais. Por se tratar de um meio de comunicação bidirecional, a Interatividade é estimulada a todo momento. Claro, pode-se lançar uma comunicação unidirecional na internet, mas o resultado não é o mesmo. Essa experiência vem da época em que os banners estavam na moda. Compare um banner sem interação com outro que interage com o usuário, adivinhe qual gera mais retorno?

Porém falar de Interatividade na internet é chover no molhado. Quero avançar essa reflexão. Sabemos que o meio é capaz de influenciar seu receptor. Marshall McLuhan discorreu bastante sobre isso no passado. Hoje somos mais participativos na relação com os meios, provavelmente por conta do estímulo oriundo dos meios digitais.

Digo isso, pois defendo a ideia que devemos proporcionar a Interatividade também fora da internet. Para lidar com um público mais participativo, precisamos rever os anúncios que produzimos para a televisão, o rádio e o meio impresso. Se você observar os novos programas e conteúdos que surgem para esses meios, verá que tenho razão. Devemos cuidar para que a propaganda destes meios também seja interativa.

O filme para TV e o spot para rádio podem conversar com o consumidor, pedir para ele participar de uma causa ou simplesmente, pedir para ele olhar para o lado e sorrir, como fez a Brastemp. Você pode convidá-lo a escrever o fim da história ou participar de um evento no Facebook.

O meio impresso também pode ser interativo. Que tal usar a tecnologia da Realidade Aumentada para que o próprio anúncio faça as vezes de um volante, num test-drive virtual de um novo automóvel? Ou então aplicar um código QR no rótulo do produto que permite acessar mais informações sobre aquele produto, pelo celular, lá no ponto de venda!

O código QR também pode ser aplicado no anúncio impresso para quando decodificado, efetue imediatamente uma ligação para um número telefônico. Ele também pode conter o link para instalação de um aplicativo no celular que oferece algum benefício relacionado ao conceito da campanha. Ou que tal espalhar símbolos de código QR pela cidade? Enfim, as possibilidades de interatividade são infinitas.

Quero ainda abordar outros temas importantes como a Mobilização, a Mobilidade e a Geolocalização, mas fica para a próxima edição desta coluna.

Por hora, desejo a todos uma ótima passagem de ano, já que este é meu último artigo de 2011. Até o ano que vem!



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Publicado originalmente na coluna da edição impressa do jornal Meio e Mensagem, ano XXXIII, núm.: 1487, pág. 8. São Paulo: Meio e Mensagem, 28/11/2011.

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