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5 itens essenciais do digital (parte 2)

... e algumas ideias para aplicar em 2012.


Nada como começar um novo ano. Renovar as ideias. Rever velhos conceitos para obter novos insights.
Foi pensando nisso que resolvi fechar 2011, e começar 2012, com essa sequencia de artigos. Em dezembro citei dois conceitos fundamentais dos meios digitais e hoje deixo abaixo mais três referências importantes para você refletir; e quem sabe aplicar nas próximas estratégias de comunicação que planejar:

Mobilização
É comum ver, principalmente entre os jovens, o interesse em conferir o potencial mobilizador dos canais virtuais de comunicação. O flashmob nasceu desse desejo. Na publicidade ele foi muito utilizado e até banalizado.
Por isso vale a ressalva: aplicar o conceito da mobilização e a estrutura do flashmob na publicidade não é planejar a performance de um grupo de street dance em plena avenida ou no meio do aeroporto. Ninguém mais pára para ver isso.
Mobilizar tem a ver com engajar. É chamar o consumidor para apoiar e participar do seu movimento.
Você pode até usar estratégicas comuns como promover um café da manhã no parque, um passeio ciclístico, ou uma corrida de 10k, o importante é ser original no uso dos canais da marca nas redes sociais. Seja criativo ao falar com os seguidores da marca. Tente evitar o discurso publicitário. Faça um convite, uma convocatória. E então, adicione no discurso algum elemento que mobilize todos os participantes a realizarem uma mesma ação durante o evento. Aí sim você terá aplicado algo parecido com um flashmob. Você também verá que o envolvimento do consumidor será maior do que enganá-lo com um show inesperado de street dance.

Mobilidade
2011 foi um ano importante para o crescimento do acesso às redes sociais pelo celular. Os aparelhos celulares começam a perder espaço para smartphones e tablets. Esse fator está mudando por completo o hábito de uso das redes sociais. É preciso pensar em campanhas que considerem essa nova realidade.
No artigo anterior falei como o código QR pode ser uma ferramenta importante para comunicação da marca com o consumidor no ponto de venda. Cada vez mais dispositivos móveis de comunicação estarão presentes no PDV. Precisamos criar aplicativos para smartphones que atendam as expectativas do consumidor que está em frente à gôndola, sem saber qual marca escolher. Olhe para o produto do seu cliente; imagine quais necessidades ou dúvidas um consumidor pode ter no momento da compra. Faça um aplicativo que ele possa instalar no celular para usar nessas situações cruciais.
Veja uma outra situação: imagine que ao invés de procurar um imóvel nos classificados, você possa instalar no celular um aplicativo que cumpra essa função de outra forma. No meio da rua, você aciona a câmera do celular e aponta para os prédios. Na tela do celular, começam a surgir ícones sobre as janelas dos apartamentos que estão à venda. Ao clicar você tem acesso a todos os detalhes do apartamento. Detalhe: você não precisou comprar esse aplicativo, ele é oferecido gratuitamente por uma marca do mercado imobiliário. E aí? Que tal lhe parece?

Geolocalização
O exemplo que citei acima, além do conceito da mobilidade, faz uso do recurso de geolocalização, uma tendência ainda pouco explorada. Se eu fosse você, tentaria imaginar as infinitas possibilidades que a aplicação desse conceito numa campanha publicitária pode oferecer.
Unindo a geolocalização, mobilidade e o recurso do código QR, podemos criar um anúncio impresso que interage com o smartphone e apresentar na tela um mapa indicando estabelecimentos no entorno daquela pessoa.
Com a geolocalização, o consumidor pode localizar um elemento escondido pela cidade (ou no ponto de venda). Podemos guiá-lo diretamente para a loja mais próxima. Podemos mostrar um mapa na web indicando todo o caminho percorrido pelo produto, desde que saiu da fábrica.
Ou seja, ao invés de criar peças publicitárias, precisamos começar a criar aplicativos para iphone, android, tablet, etc.

Enfim, há muito para explorar. Da próxima vez que precisar criar uma estratégia de comunicação digital, veja se algumas dessas dicas acima podem ser úteis. Aliás, note que todos os exemplos que citei, não são exclusivamente digitais. A marca deste ano será justamente as ações que utilizam essa ponte que parte do ambiente digital, mas termina no mundo real. Feliz 2012.




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Publicado originalmente na coluna da edição impressa do jornal Meio e Mensagem, ano XXXIII, núm.: 1491, pág. 10. São Paulo: Editora Meio e Mensagem, 09/01/2012. 

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