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Será o fim do Social Media?


Esta semana acontece em São Paulo o "Social Media Brasil", nos dias 5 e 6 de junho (sexta e sábado). O evento é uma realização da Media Education (do @Formagio).

É mais um evento entre outros que buscam discutir a área das mídias sociais. Os palestrantes do evento são profissionais já reconhecidos pelo mercado e acredito que o conteúdo gerado seja muito relevante.

O principal assunto que espero que seja discutido é afinal, o valor e o papel deste novo profissional de Social Media que acabou de nascer e alguns dizem, deve morrer em breve.

HISTÓRICO:
O fato é que logo após o surgimento das redes sociais e da era da web 2.0 as agências de publicidade e o mercado de comunicação começaram a descobrir um novo espaço de relação entre o consumidor e as marcas. Esse espaço ficou conhecido como mídias sociais (social media).

No final de 2008 e início de 2009 as agências, percebendo a complexidade deste novo espaço de mídia, começaram a criar um novo departamento de - Social Media - dentro das agências.

ATUALIDADE:
Hoje, o que ouço nos corredores é o seguinte: o profissional de Social Media em geral é menosprezado pelos profissionais de Criação, Mídia e Planejadores. O argumento é que não existe um departamento exclusivo para a TV, o rádio ou o jornal, então não seria necessário um depto. exclusivo para cuidar das redes sociais. Tanto Criação como Mídia seriam áreas aptas a atender essa necessidade.

Já logo no início estão desconstruindo as funções, valores e fatores que sustentavam o novo profissional de Social Media nas agências de publicidade.

REFLEXÃO:
Compreendo a ideia (e sou a favor) de que todos os profissionais de uma agência de publicidade deveriam ter know-how suficiente para lidar com as mídias sociais; assim como acontece com os demais meios de comunicação. Eles conhecem muito bem cada meio e por isso podem propor estratégias de comunicação eficazes.

Porém desde 1995, quando comecei a acompanhar o surgimento dos meios digitais, pude notar que os publicitários em atuação na época tiveram grande dificuldade em compreender e lidar com esse novo meio.

Confesso, ainda hoje vejo muita agência de publicidade tradicional fazer pouco uso - ou de maneira ineficaz - dos ambientes de comunicação como a internet.

Minha conclusão é a seguinte: se tais profissionais até hoje não compreenderam a linguagem dos meios digitais, como poderiam já estar familiarizados com as redes sociais?

Assim, acredito que por alguns anos seja necessário um profissional dedicado exclusivamente a pensar as mídias sociais, ou talvez o meio digital como um todo. Pois é importante ressaltar, o trabalho nas redes sociais traz uma complexidade muito diferente dos meios "tradicionais".

Mas importante: ele não deve atuar de forma independente e distante das áreas de Mídia e Criação, ele deve compor essa nova tríade (Criação, Mídia e Social Media).

Afinal, neste novo cenário que vivemos, nem mesmo as áreas de Criação e Mídia conseguem trabalhar de forma departamentalizada. Como costumo dizer, hoje a Mídia precisa ser criativa, bem como a Criação precisa inventar novas mídias.

Será que o congresso "Social Media Brasil" dará conta de aprofundar essa questão?

2 comentários:

  1. ê, to louco para que chegue sexta logo!!! Ansioso demais para ver como vai ser este evento... agora que virei um profissional de `social media`. rss

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  2. Eric, acho a reflexão interessante e, via Abracom, estamos tentando fazer isso (digitalizar o todo) dentro das agências de comunicação/assessorias de imprensa. Esse modelo de uma pessoa de mídia social/digital formando um trio de criação é vendido muito bem por algumas agências de publicidade. A prática, entretanto, é muito passível de contestação.

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