Páginas

A publicidade não vive mais só da mídia tradicional

Tenho discutido muito sobre a crescente valorização da área de mídia dentro da publicidade.

Se fosse necessário resumir, diria que o importante é compreender que o profissional de mídia não pode mais restringir-se aos espaços tradicionais de publicidade durante o estudo das estratégias de comunicação de uma marca/produto.

Não basta também planejar uma utilização criativa de sacolas, braceletes de ônibus/metrô ou então abusar dos espaços urbanos. É preciso pensar também que além dos espaços públicos, qualquer produto de comunicação pode ser um espaço de mídia.

Em 2007 a Samsung montou uma banda de música, promoveu, gravou um cd e fez shows pela Coréia. Tudo para lançar uma linha de celulares. Aqui está o post que fiz na época.

Já em 2008, a Audi fez uma ação que foi chamada de Audi Sinfonie. O grupo alemão Bauhouse foi convidado para apresentar uma peça musical acompanha de cenas que registram o processo de fabricação de um Audi R8. Foram realizadas apresentações da sinfonia em diferentes partes do mundo.

No blog Brainstorm #9 é possível ver um trecho da apresentação realizada no parque Ibirapuera em São Paulo; e aqui neste link o hotsite do grupo Bauhouse que apresenta o video completo da sinfonia.



Talvez você irá dizer: mas esses exemplos são apenas uma evolução dos antigos patrocínios de eventos de entretenimento, como o já antigo "Free Jazz Festival". E eu direi: sim, é verdade. Mas eu também não disse que isso tudo é uma novidade que surgiu inesperadamente.

O que vemos hoje é, de fato, uma evolução da comunicação e do marketing, bem como do próprio consumidor, não é? Ou você ainda acredita que o consumidor se deixa impressionar pelas interferências publicitárias que seguem formatos criados há mais de 5 décadas atrás?

3 comentários:

  1. Professor,
    Bacana isso.
    Acho que finalmente algumas empresas já perceberam que o consumidor, em sua grande minoria (sic), não é trouxa.
    E que quem realmente consome os produtos, pelo menos nesses casos aqui apresentados, não caem mais em conversinha de propaganda de 30 segundos.
    Tem que ter algo mais inteligente por trás para "fisgar" o cara na hora da compra, ou para manter sua empresa no Top Of Mind.
    Bacana que os exemplos aqui citados são relacionados a musica.
    Seria uma associação óbvia, porém subliminar, de música x emoção x retenção ?
    Abraços.
    Billy.

    ResponderExcluir
  2. Adriana Balbo8:53 PM

    Muito bom seu texto Éric!
    Creio que ainda existe consumidor que se impressiona com pouco - tenho uma amiga que usa shampoo Pantene porque "a Gisele usa também" -, mas estes são poucos. Hoje o consumidor precisa de mais, ele exige mais né!? E bem interessante a colocação do Billy: "Seria uma associação óbvia, porém subliminar, de música x emoção x retenção".

    Beijos,
    Adriana

    ResponderExcluir
  3. Fala Maestro!

    Concordo com a relação música x emoção x retenção. Mas não acredito em nada subliminar. Acho que é mais uma questão de semiótica: o impacto que os diferentes signos geram na pessoa. :-)

    ResponderExcluir