Nas próximas semanas a bolsa deve se acalmar e começar a caminhar para um equilíbrio, muito provavelmente próximo de um índice bem inferior àquele que chegou a atingir no final de 2007.
Até novembro, quando a queda da bolsa deixar de ser manchete, começaremos a notar os reflexos desta crise em nosso dia-a-dia. E dizem que essas conseqüências permanecerão por alguns anos. Os financiamentos de automóveis com taxas de 0% devem desaparecer. Também sumirão das prateleiras os notebooks baratos. Os produtos importados ficarão mais caros. O dólar deve subir e mais uma vez ficará caro demais comprar livros pela Amazon.
E você bem sabe, em tempos de crise econômica os primeiros a sofrerem as conseqüências são os psicólogos, terapeutas em geral e os publicitários.
Afinal, as empresas sofrem e diminuem suas verbas para publicidade. Muitas agências chegam a perder clientes. Sem cliente não há trabalho. Pare e observe. As notícias sobre demissões nas agências devem aparecer logo mais.
Mas é também em período de crise econômica que a publicidade se renova. Verbas pequenas exigem criatividade e novas estratégias de comunicação. É aqui que faço minha aposta: social media.
Se a publicidade já estava de olho nesse espaço, é agora que ele ganha sua real chance de crescimento; pois passam a ganhar as vistas não só das agências, mas dos seus clientes.
As mídias sociais, bem como todas as novas estratégias que buscam comunicar através de canais não-tradicionais surgem como meios eficientes e infinitamente mais baratos. É portanto, a chance de crescimento também do que o mercado publicitário chamou de "transmídia": a utilização híbrida de diferentes mídias, inclusive mídias não-tradicionais, para comunicar um produto ou uma marca.
Blogueiro, acredite, as agências de publicidade logo mais estarão de olho no seu blog. Ele pode acabar tendo o perfil adequado para compor uma estratégia de mídia social. Seja como um canal direto de comunicação, inserido num planejamento de "transmídia", ou então apenas como um espaço possível de repercussão (mídia espontânea).
Recentemente contabilizei os resultados de um evento anual que ajudo a organizar todo ano. Ao pesquisar por citações sobre o evento no Google, notei que a edição de 2007 possui hoje pouco mais de 5 referências. Já a edição de 2008 suscitou quase 2000 citações, a maioria em blogs. Vale lembrar que não há verba para publicidade nesse evento.
Afinal, algo mudou, não? Obviamente as agências já perceberam isso também, apenas não houve interesse até então, pois verbas altas incentivam o comodismo pelas mídias tradicionais.
Porém hoje, com esse novo cenário econômico, quem sabe não seja a sua vez. Blogueiro, fique de olho! A crise vai bater à sua porta e quem sabe você ainda poderá ganhar com essa tal de "social media", "transmídia", etc.
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crédito da imagem: thinkpanama1
Eric, concordo com o que disse, mas o constante aumento de novos usuários que estava havendo desde um tempo atráz também tende a diminuir por vários motivos:
ResponderExcluiro computador vai ficar mais caro. As lan houses vão perder clientes. Os planos de internet banda larga de grande velocidade vão ser menos usádos. Os planos de telefonia móvel de 3G não vão conseguir vender como esperam.
Porém, o aumento de novos blogs não vai cair, pois são feitos por internautas relativamente "experientes", pressupondo que tem uma renda suficiente e não seriam atingidos nesse sentido pela crise (internautas "experientes" requer muito tempo na internet, e muitos anos dedicados a isso, então o "mercado virtual" dos blogs pode sofrer uma saturação devido grande demanda que pode haver nos proximos anos, fazendo com que apenas os grandes blogs faturem com esse "novo" veículo. TOMARA QUE NÃO!! =D
ps, ja fiz o porque eu blogo
A primeira parte não me agrada, diferente da segunda, que me anima, mas me lembra que eu não estou certa do nome do meu blog ainda... hahaha
ResponderExcluirbeijos!
Essa semana começou com a recuperação da bolsa, mas também com notícias de mais demissões nas agências. Por enquanto são casos pontuais e não refletem uma crise e falta de vaga no mercado publicitário. Ao contrário, algumas áreas da publicidade sentem a falta de profissionais qualificados. Continuo acreditando num crescimento das ações que envolvem as mídias sociais.
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