O enredo é simples: um vídeo mostra uma menininha pedindo o número do seu telefone. Após indicar o número você recebe uma ligação com a gravação da chamada da menina sobre a promoção do dia dos pais e o vídeo simula ela falando ao celular (como se estivesse conversando em tempo real com você. Ao final o vídeo é substituído por um packshot dos celulares.
A ação é muito semelhante à recente ação de mobile marketing comentada aqui no blog para a L´oreal.
Infelizmente parece que falta criatividade na criação de enredos para ações de mobile marketing. Esse fato pode acabar causando a morte prematura do formato. Apesar de atraente e interativo, o formato pode rapidamente se tornar entediante e repetitivo.
Além disso, faltou um pouco mais de cuidado na produção desta ação em particular. O tom excessivamente comercial da fala da menina durante a gravação telefônica atrapalha o envolvimento com a narrativa.
Assim como no post anterior sobre a Claro, deixo aqui o crédito para a Tim pela iniciativa em buscar ações diferenciadas e fogem da comunicação de massa tradicional. Porém, como qualquer um que arrisca inovar, às vezes é necessário errar para acertar o foco e descobrir como atuar com essa nova linguagem.
De qualquer maneira, caso ainda esteja curioso para conhecer, confira o hotsite em www.timdiadospais.com.br.
Caro Eric,
ResponderExcluirAlém de aluno de comunicação da FAAP, eu trabalho na área de criação de uma agência paulistana de mobile marketing.
Como criativo, tudo o que eu queria era bolar ações mirabolantes que extrapolassem os limites da comunicação, como algumas propostas que já fiz, mas que aprendi dentro de uma agência, que acabam não dando certo por enquanto no nosso mercado.
Isso porque como você bem disse em outros posts, é um formato muito recente e inovador ao ponto de surpreender tanto o público-alvo (daí inclusive, o grande sucesso que essa mídia vem conquistando), quanto os clientes. Temos de ir com calma com essa história de “pirar” muito em cima desses meios.
Ao dizer que “falta criatividade na criação de enredos para ações de mobile marketing” ou que “às vezes é necessário errar para acertar o foco e descobrir como atuar com essa nova linguagem”, você está esquecendo de um pequeno e relevante detalhe... O cliente.
E infelizmente, para qualquer área da comunicação, o cliente é meio importante nessas horas. Talvez porque é ele quem está bancando a campanha.
Eu concordo com você que novos meios podem se saturar se muito repetitivos no formato, mas existem alguns pontos que se tornam empecilhos para que fujamos 100% disso.
O primeiro deles, é que geralmente o próprio cliente não tem nem domínio, nem conhecimento da tecnologia que está buscando, o que acaba induzindo-o ao mais simples... eles acabam buscando o preto no branco, o que traz o tom comercial que você se referiu.
Outro ponto, é que quem já trabalhou com agências, sabe que existe um vício meio nocivo para a publicidade que é o do super-ego. Por mais que tenhamos idéias revolucionárias através de meios inovadores, e termos a certeza de que a campanha será de enorme sucesso, nunca o cara que tem que aprovar suas idéias vai querer aprová-las na integra.
Ele tem que mostrar que está acima delas, para poder fazer jus ao salário e cargo que ocupa.
Por último, e nem por isso menos importante, vem a questão do $$$. Como você mesmo disse, ações desse tipo acabam durando pouco tempo porque o custo da ligação é alto(discordo, mas se eu entrar no mérito, minha resposta vai virar um artigo sobre mobile marketing). Se você mesmo diz que acha que o custo é alto para uma mídia que ainda traz desconfiança por ser nova, também tem que concordar que quanto maior a elaboração da mesma, maior será o custo para o cliente.
Não quero ir muito além, então finalizando, acho que antes de fazer uma crítica (seja ela positiva ou não), deveríamos nos aprofundar mais sobre os bastidores do assunto em questão.
Acho invejável que um professor tenha a iniciativa de criar um blog que exponha os novos meios digitais e outros temas que certamente vão ser imprescindíveis para qualquer aspirante a publicitário ou comunicador no futuro, mas também acho que ao lidar com futuros (ou atuais) formadores de opinião e donos de cargos de decisão, deveria ter um pouco mais de responsabilidade ao fazer criticas tão ásperas.
Abraço,
Felipe.
Ouvir críticas nunca é fácil. A gente dá o melhor de si, faz algo que considera fodástico, o cliente atrapalha sim e sempre tem um blogueiro mala para dizer que não ficou bom.
ResponderExcluirEu entendo o Felipe perfeitamente. Já senti na pele como dói quando alguém diz que nosso melhor não foi bom o suficiente.
Porém, todavia, contudo, ele não precisava se defender tanto assim.
Felipe, a gente sabe, calma. A gente sabe que existem clientes malas, a gente sabe que existe receio com mídias novas, a gente sabe que existe falta de verba para aquilo que muitas vezes achamos que seria o ideal.
Não leve para o lado pessoal. É seu filho, ok, dói, mas as críticas (ainda mais do Messa) são positivas. O cliente pode perder o receio, pode perceber que precisa investir mais, os publicitários podem se posicionar melhor e etc.
O Eric Messa não foi nem um pouco irresponsável expondo as opiniões dele, muito pelo contrário. Talvez ele tenha colocado o dedo em feridas abertas - que nem suas são - e os professores e pensadores da comunicação estão aí para isso mesmo.
Se tudo fosse sempre lindo e perfeito, se não houvessem malas para criticar coisas que talvez a gente não tenha visto, que evolução teríamos? E outra: críticas também são boas para podermos dizer que o outro está completamente errado e podermos defender nossas idéias.
Parabéns aos dois!
Briefing: "Cliente quer uma ação igual aquela da Grazi..."
ResponderExcluirRe-briefing: "Ainda não está bom, o cliente quer igual aquela da Grazi..."
Re-re briefing: "É quase isso, mas não da pra ser exatamente igual o da Grazi"
Cliente cabeça dura? Não Sei
Atendimento que não foi capaz de interpelar junto ao cliente, alertando-o sobre o impacto e visibilidade que teria uma ação cópia na sua logistica, de uma ação geradora de buzz que deu maior bafafá e estaria a prestes fazer uma igual? Não sei
Criativo que não foi alem e não trouxe uma outra solução que fosse do caralho? Não sei.
Será que era uma ação de mobile mesmo nesses formatos que precisava a Tim no dia dos pais? Não sei.
São tantas as hipoteses. Eu prefiro acreditar que foi uma soma dessas hipoteses acima.
eric: "putz, mais uma ação mobile e eu aqui meio perdido num blog sobre qr-code. já que não faço nada, tenho que comentar ou meus alunos vão me achar por fora do que rola. vou meter o pau e dizer que falta criatividade."
ResponderExcluirgisele:"poxa, meu professor levou um puxao de orelha, deixa eu pelar o saco dele e receber um elogio no twitter"
raul gazola:"caramba, deixa eu fazer uma graça, comentar algo e tentar tirar a atenção do meu nome de galã da record..."
Resolvi transformar minha resposta aos últimos comentários em um novo post.
ResponderExcluirAqui vai o link.
Rápido. Um bom crítico é aquele que critica a obra, não seu criador. Gostei do debate, acho bem vinda essa discussão acerca do conteúdo e da forma na publicidade. Tenho minhas dúvidas com relação ao grau de influência de uma sobre a outra. Ou melhor, se há real separação entre conteúdo e forma. Talvez não tenha fundamentos para responder essa questão porque nunca trabalhei no campo da publicidade. Mas me arrisco a dar opiniões. Sobre as críticas, não sobre os críticos. Marc, achei seu post infantil. Não você, nem seu ato. Seu post.
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