Um dos assuntos do jornal do Uruguai deste domingo (04/05/14) é o lançamento do aplicativo CityCop.
Trata-se de mais um (existem outros) aplicativo para denúncia de casos de roubo e violência. Segundo o jornal, o Uruguai é um dos países com maior índice de criminalidade da América Latina. Com esse aplicativo, qualquer cidadão pode denunciar flagrantes de roubo, violência ou venda de drogas. Também é possível indicar pessoas suspeitas na região. O mapa é marcado a cada nova denúncia e o usuário pode optar por receber notificações a cada nova denúncia numa região determinada.
Aqui no Brasil há aplicações semelhantes como Agentto e OWL, mas ainda não vi nenhuma ganhar popularidade. Há também o site ondefuiroubado.com.br, que já foi citado algumas vezes na imprensa. Ele é bastante semelhante ao CityCop, mas não possui app para smartphone ainda.
Esse CityCop é um daqueles apps de colaboração em rede que nos coloca frente à problemáticas sociais que merecem muita reflexão. Ao mesmo tempo em que - a partir da colaboração dos próprios cidadãos - oferecem o benefício de tornar visível a criminalidade da região, podem reafirmar a incompetência dos órgãos oficiais de controle e estimular o surgimento de justiceiros independentes que utilizarão o CityCop como ferramenta para fazer justiça com as próprias mãos. Não digo que isso seja um fato, mas apenas uma possibilidade. Depende muito de nossa consciência crítica e da formação moral e ética de cada um.
Na "era da exposição" e do "panóptico social", o meio digital surge como uma plataforma de mobilização social independente de governos que permite à sociedade aplicações inimagináveis. Difícil prever até onde podemos chegar.
OBS: post elaborado com a colaboração de Diego Oliveira.
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