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Globo, mídias sociais e transmídia


William Bonner não está apenas - brincando - no Twitter. Suas interações pelo perfil @realwbonner também não são parte do programa Jornal Nacional. Ele está aproveitando esse espaço para "vivenciar" e compreender as minúcias deste novo canal de comunicação.

A própria rede Globo, já faz algum tempo, vem realizando pequenas - experiências - de relacionamento com as redes sociais. Uma novela já incorporou um personagem blogueiro. Alguns programas criaram seus próprios blogs. Blogueiros foram convidados para eventos e reuniões. Abaixo uma foto de um bate-papo de blogueiros com o diretor Luiz Villaça:

Até o convite para a Tessalia Serighelli (@twittess) participar do Big Brother 10 não foi por acaso. Sem dúvida foi uma tentativa de gerar repercussão nas redes sociais e estimular os usuários do Twitter a acompanharem o programa.

A Globo quer se renovar. Quer descobrir uma nova televisão. Uma TV interativa, envolvida com as redes sociais. Na verdade, a febre dos programas de reality show já eram um princípio disso tudo.

E não pára por aí. A Globo também está atrás do conceito de transmídia. O americano PhD em Comunicação e Artes, Henry Jenkins, promoveu esse conceito em seu livro Cultura da Convergência. A proposta é de tornar o conteúdo independente do meio, ou seja, uma novela não precisa ficar restrita ao meio televisivo. A novela poderia ter parte da sua trama transportada para uma revista impressa ou para um hotsite. O próprio Henry Jenkins esteve recentemente no Brasil, à convite da Globo, para dar uma palestra aos funcionários da rede de televisão.

Ao aplicar esse conceito, a Globo pode por exemplo, estimular e aproveitar melhor seu portal na internet. Tenho a impressão inclusive, que o "paredão" da Tessalia no Big Brother gerou um índice de votação pelo hotsite maior do que o normal. Faça uma projeção do que isso significa em relação à venda de publicidade no portal da Globo. Além do intervalo na TV, a Globo pode lucrar também com anúncios no portal. Sacou?


Todas esses novos conceitos aplicados no processo de comunicação, geram um novo modelo de consumo de publicidade.

É o caso da campanha "Esse produto é Brother". Essa promoção criada pela marca Procter & Gamble aplica todos esses conceitos e faz uso desse novo modelo de consumo de publicidade.

Dez consumidores da marca que se cadastrarem no site www.produtobrother.com.br serão sorteados para passar um final de semana confinados na casa do Big Brother Brasil. Durante o final de semana será realizada uma prova e o ganhador leva R$ 500 mil.

A divulgação dessa promoção está acontecendo tanto na televisão, como nas redes sociais, procure por aí e você verá vários blogs comentando a ação.

Bem diferente do que um simples comercial no intervalo da televisão...

2 comentários:

  1. Era disso que eu estava falando. Não só a Globo, mas como agências de publicidade, lojas, marcas e muitos outros estão fazendo.
    Na minha opinião, as redes sociais são as formas de contato direto e fácil com o consumidor, seja para falar bem ou falar mal. É um jeito fácil e rápido (instantâneo, para falar a verdade) de saber como seu produto/marca está sendo visto pelo consumidor.
    As redes sociais fazem com que as marcas passem a ser feitas pelo consumidor para o consumidor.
    Além disso, com as mídias sociais, é possível reparar nos nichos e fazer uma comunicação direta como nunca antes foi feita. É a comunicação opinativa.

    Por enquanto é só.

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  2. Anônimo1:37 PM

    Vocês viram a prova do anjo da promoção que rolou no BBB? Gerou muito assunto nas redes sociais. http://www.youtube.com/watch?v=RvnKlbnIdzY

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