Não é fácil. A falta de limite entre o público e o privado deixa aquele que ainda está em formação - o jovem - completamente desorientado.
Mas a verdade é que eles diriam que quem anda desorientado é a geração mais velha - os adultos - pois são menos familiarizados com o meio digital.
Essa diferença entre gerações ganha novo patamar sob o contexto das rede sociais. Já existe uma geração inteira de jovens que morrem de vergonha do que seus pais escrevem no Facebook. É isso mesmo, pode acreditar.
O adolescente entra no Facebook do pai e encontra imagens acompanhadas de frases de autoajuda. Um perfil repleto delas. O que seus amigos irão pensar?
E aquela mãe que faz questão de publicar recados carinhosos todos os dias em seu mural? Ela faz comentários em tudo o que o filho publica. Como lidar?
Há ainda aqueles pais que adicionam todos os amigos do filho. Uma forma de manter-se "por dentro" da vida do seu filho; mas como fica a privacidade do adolescente?
Privacidade? Conceito difícil de aplicar em tempos de redes sociais. Já ouvi jovens dizendo que seus pais estão no grupo "restrito" do seu Facebook. Vejam só. Novos tempo, velhas manias. Os pais sempre estiveram na lista "restrita" dos filhos adolescentes.
Quero só ver quando esses adolescentes crescerem e tiverem seus próprios filhos. Eles terão acesso ao Facebook de seus pais, contendo registros desde a época em que eles próprios eram adolescentes. Melhor começarem desde já a fabricarem mais divãs.
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Crédito da imagem: jpott
Não sei se recorda, Eric, fui sua aluna na turma de RP da FAAP, me formei em junho de 2010. Sempre leio seus posts e hoje foi impossível não registrar minha saudade de ouvir suas reflexões a cada semana. Inteligência e sensibilidade inesquecíveis. Professor da faculdade. Mestre que permanece. Obrigada. Um grande beijo, Marcela Sanchez Cappabianco.
ResponderExcluirClaro que me recordo Marcela. Obrigado pela mensagem e por acompanhar os posts :-)
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