Hoje entrou em atividade a promoção "Em busca do picolé núm. 1" da Kibon. Trata-se de uma campanha promocional do sorvete Chicabon em que o participante deve efetuar sua inscrição e seguir pistas indicadas no hotsite da campanha para encontrar a primeira embalagem do Chicabon que supostamente foi roubada das instalações da Kibon.
Como material de apoio e divulgação da promoção, foi criado na capa do jornal Destak desta segunda uma sobrecapa simulando a primeira página do jornal. A manchete falava sobre um assalto ocorrido nas instalações da Kibon.
Assim como o caso do Asteróide Pallas, em que a Citroën lançou um teaser noticiando a possível queda de um asteróide no planeta Terra, a campanha da Kibon também simula uma informação jornalística, tanto na linguagem do texto quanto graficamente.
Porém o caso da Citroën causou frustração e muita polêmica, os comentários de um post anterior mostram isso. Já a campanha da Kibon foi mais ética pois deixa evidências de tratar-se apenas de uma campanha publicitária:
1 - Toda a primeira página faz referência apenas a produtos da Kibon. A notícia não se mistura com outra notícias reais.
2 - A indicação "Informe Publicitário" aparece logo no cabeçalho da página. Porém ficou claro no caso da Citroën que esta indicação não é percebida por todos.
3 - A notícia apela para um problema social, a violência, abusa deste argumento e acaba por explorá-lo. A propaganda, por natureza, apoia-se em esteriótipos, mas por outro lado, a "notícia" da Kibon informa uma história fictícia que não compromete o leitor, ao contrário do caso da Citroën que envolvia todos os habitantes do planeta.
4 - Caso ainda não estivesse clara a brincadeira, ao virar a página o leitor encontrava no verso mais um anúncio da Kibon, desta vez, utilizando linguagem evidentemente publicitária, fazendo referência para o hotsite que explica a promoção. E ao lado seguia a primeira página original do jornal Destak.
OUTRO ASPECTO SOBRE O CASE:
Assim como comentei no post sobre o Prêmio Caboré, este case também é mais um bom exemplo de uma campanha integrada, ou seja, tanto os meios tradicionais como os meios digitais são utilizados na mesma medida, não há mais a caracterização dos veículos on-line como simples mídas de apoio.
Interessante observar que trata-se de uma promoção em que só é possível participar através da inscrição no hotsite, ou seja, assume que o público-alvo tem acesso à internet. Antigamente, um dos argumentos contra a utilização da internet como mídia publicitária era o baixo número de lares com acesso à internet. Hoje já é evidente que a população brasileira faz uso da internet por outros meios, além da conexão própria em sua casa (trabalho, lan houses, etc).
Além disso, procura inovar na utilização da mídia impressa, sem atraiçoar o leitor/consumidor. Enfim, a criatividade é colocada em prática, tanto na aplicação das mídias online quanto das offline.
Olá! Fica aqui um convite para visitação à página de Intervalo Cultural, ok?
ResponderExcluirhttp://intervalocultural.blogspot.com
Abração do
Filardi