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Pré-estréia: O dia em que a Terra parou

Acabei de retornar da pré-estréia de "O dia em que a Terra parou", refilmagem do original de 1951.

A Fox Film organizou uma grande pré-estréia, ocupando várias salas do Kinoplex no bairro do Itaim em São Paulo. A LG também aproveitou para promover sua marca e distribuiu alguns convites numa promoção realizada no Twitter (mais detalhes no post seguinte). Foi assim que fui parar lá. Por conta disso encontrei algumas caras conhecidas da blogosfera. Também encontrei muitos alunos e ex-alunos que ganharam o convite das agências de publicidade em que trabalham. Esses encontros sempre me deixam muito contente pois tenho a oportunidade de ver que estão todos muito bem inseridos no mercado publicitário.

Em relação ao filme, vale alertar que trata-se de um típico filme hollywoodiano de ficção científica. Fãs do clássico de 1951 podem se decepcionar pela evidente interferência dos elementos que caracterizam um filme hollywoodiano, como por exemplo, a simples participação de um ator em evidência, nesse caso, Keanu Reeves, como o alienígena Klaatu.

Interessante observar como a mudança de paradigma da década de 50 para os dias de hoje interferem na construção do filme. Em 1951 o alienígena era protegido por um robô que tinha uma aparência completamente mecânica e metalizada. Esses eram os ícones da época para algo considerado "evoluído". Hoje o mesmo robô mantém sua aparência visual, mas sem os traços mecânicos. Possui uma forma muito mais "orgânica" do que "mecânica". Um personagem do filme chega a comentar que o robô seria composto de um material desconhecido, similar a um silicone, porém com uma resistência superior a qualquer elemento da Terra.

Outra questão que vale comentar aqui é a presença de marcas e produtos no filme. No original de 1951 não havia ainda a noção de publicidade inserida no entretenimento da forma como temos hoje. Aliás, também já ultrapassamos a fase do personagem que segura a garrafa do refrigerante com o rótulo direcionado para a câmera. Ou seja, a ênfase exagerada da propaganda interrompendo a narrativa. Hoje o produto ou a marca procura aparecer dentro do contexto do filme, sem ressaltar demais, para não interromper o envolvimento e incomodar o espectador.

Porém qualquer interessado no assunto nota a presença de muitas marcas, que sem dúvida foram fundamentais para levantar fundos para a produção do filme. Com isso fica aqui mais uma característica de um filme hollywoodiano, que eventualmente aponta o possível futuro inevitável para o cinema, afinal, é evidente que o cinema não vive mais simplesmente da sua bilheteria.

Logo no início do filme aparece um notebook da LG. No meio do filme aparece outro produto da marca, um celular. Ninguém comenta ou evidência em exagero os produtos. Eles são elementos do cenário e procuram apenas participar da cena. A mesa surface da Microsoft bem com o sistema operacional Vista também participam do filme. Além disso aparecem ainda produtos das marcas Honda, Mc Donald´s, Pioneer e provavelmente mais alguma outra que eu tenha esquecido.

Assim, não se esqueça, não espere um filme cult. É um caso semelhante à versão que fora feita em 2006 com o ator Tom Cruise para o também clássico "Guerra dos Mundos".

Ademais não pretendo fazer comentários sobre sua qualidade, construção da narrativa ou a produção, já que esse não é um blog sobre cinema. Deixo isso para os amigos dos blogs vizinhos.

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